domingo, 24 de fevereiro de 2008

Cantata BWV 207 - Vereinigte Zwietracht der wechselnden Saiten
Cantata BWV 207 – Unidas divisões de cordas alternadas

1 Coro [S, C, T, B]
Tromba I-III, Timpani, Oboe d'amore I/II, Taille, Flauto traverso I coll' Oboe I, Flauto traverso II coll' Oboe II, Violino I/II, Viola, Continuo

Unida divisão de cordas alternadas,
Penetrante Redobro de Tambores!
Convoca a todos os eminentes que aqui se encontram,
a proclamar com vossas notas de alegria
e com vosso som, dobrado e engrandecido,
a meus devotos e atarefados filhos
que aqui está o prêmio da virtude

2 Recitativo [Tenor]
Continuo

Diligência
O homem dirigido por um nobre impulso ao que se chama honra e cuja alma é digna de louvor
e anseia brilhar com aquilo que a arte, a inteligência e a virtude podem conseguir,
esse homem vai por meu caminho,
valente, com forças sempre renovadas!
O que a jovial mão, o vivaz pé obtém agora
é a razão pela qual a velha cabeça não se arruina por nenhuma desgraça ou miséria terrível.
Quem trabalha duro em sua juventude
suportará um dia a debilidade da sua senectude
e aqueles que no melhor momento das suas vidas
- tal como crêem os indolentes -
não se ocupam com nada além do brilhante esforço e do trabalho constante
um dia conseguirão o que desejam, repletos de honras,
viver em orgulhoso descanso;
pois sua experiência os terá ensinado
que um homem desfruta merecidamente o repouso
que dulcifica seu acre suor.

3 Aria [Tenor]
Oboe d'amore I, Violino I/II, Viola, Continuo

Mas não deis um passo para trás,
vós, que elegeis meu caminho.
A boa sorte acompanha vossos passos,
a honra conta vossas amargas pegadas
para que, uma vez completado o caminho
na mesma medida
seja entregue a recompensa.

4 Recitativo [Baixo, Soprano]
Continuo

Honra:
Somente para esse homem
estará aberta a minha morada,
somente para quem se conte entre teus filhos
e, no lugar do caminho de rosas que o leva ao prazer
eleja vosso caminho de espinhos.
Doravante meus louros só adornarão a cabeça desse homem,
nele que sempre flui o sangue,
cujo coração nunca teme e sua coragem nunca cede,
a quem se encontra pronto para qualquer trabalho.

Felicidade:
Eu também desejo que meus tesouros
sempre se encontrem no homem que tu elejas.
Para ele um destino prazeiroso
desejo dispor, pele amor que ele professou,
que sempre tenha o suficiente para ele, para os outros nunca em exagero,
dos dons adquiridos por seu esforço e trabalho duro
e que parece possuir.
Para ele a mão incansável se adorna,
de acordo com a promessa de minha amiga
com uma extensão digna de seus méritos,
essa mão também deveria reunir o fruto da abundância.
Assim, aqueles que sofrem para ser considerados dignos do Louro
podem por sua vez ser honrados com a bendita felicidade.

5 Aria (duetto) [Baixo, Soprano] e ritornello
Continuo - Tromba I/II, Oboe d'amore I/II, Taille, Violino I/II, Viola

Honra:
Meu laurel o cobrirá e protejerá.

Felicidade:
Provará o fruto da benção

Ambos:
Aquele que por sua diligência suba até as estrelas.

Honra:
Se a gota do suor empapa seus membros
cairá na concha
onde se formam as pérolas da honra.

Felicidade:
Donde as tépidas gotas fluem
um arroio surgirá,
semelhante aos arroios da benção.

6 Recitativo [Contralto]
Continuo

Gratidão:
Não há palavras vazias nem esperança sem fundamento
no que a Diligência te mostrou como teu prêmio;
ainda que as cabeças duras dos descontentes se calem
quando em seu lugar um prêmio de acordo com seus méritos lhe seja outorgado.
Sim, no templo de Astrea, aberto e descerrado pela Diligência,
mostrai a um professor amado e valoroso,
vós, estudantes, que sois leais a ele e também que estais obrigados a ele,
mostrai um exemplo ao mundo,
onde a inveja,
ante a unânime conclusão a que chegaram a Honra, a Felicidade e a Diligência
se assombrará.
Este momento
não passará!
pois o brilho das tochas acesas
que as chamas de vossos corações, consagrados a ele
as vejam tanto os bem intencionados quanto os invejosos!

7 Aria [Contralto]
Flauto traverso I/II, Violino I/II, Viola all' unisono, Continuo

Gratidão:
Gravai estes conselhos
no mais duro mármore!
Mas o tempo destrói a pedra.
Melhor que vossos próprios méritos
façam com que o trabalho de vosso profesor seja conhecido.
Se dos frutos podemos deduzir
como eram as raizes
estas raizes hão de ser imortais.

8 Recitativo [Tenor, Baixo, Soprano, Contralto]
Violino I e Oboe d'amore I, Violino II e Oboe d'amore II, Viola e Taille, Continuo

Diligência:
Os que dormis! Vinde!
Olhai a Kortte, meu amado Kortte.
Vede que em minhas palavras
não se escondem nenhum vão engano.
Apenas seus pés aprenderam a andar
quando tomou meu caminho
e, como começou tão prematuro
Que importa se pode alcançar sua meta logo!
quanto me amou,
que diligente tem sido em meu serviço,
terá que ser reconhecido nos textos eruditos das outras nações.
Mas, por que busco exaltá-lo?
Por acaso não é bastante reconhecido
aquele a quem o poderoso monarca, a quem os sábios conhecem como Augusto
o nomea como seu professor?

Honra:
Sim Sim, nobre amigos, vede! Como estou unido a Kortte!
Para ele minha amável mão
já teceu muitas guirlandas.
agora seu alto posto
o servirá de coroa de louvor
que sempre verde permanecerá sobre a proteção de um poderoso patrão.

Felicidade:
Também meus tesouros,
pois graças ao teu favor ele veio ao meu seio,
quando sorrir em seu orgulhoso descanso
poderá desfrutar como o aprouver.

Gratidão:
O que esperava se cumpriu,
pois tão inesperada boa sorte,
meu nunca pouco louvado Kortte,
cumpre-se com os desejos de teus amigos.
Por isso cada qual pensa em suas obrigações
e por meio dos que rapidamente intentam
oferecer-te os frutos de sua boa vontade.
Quem deseje ser um verdadeiro amigo
que agora se una a nós.

9 Coro (com solistas)
Tromba I-III, Timpani, Flauto traverso I/II, Oboe d'amore I/II, Taille, Violino I/II, Viola, Continuo

Que Kortte viva, que Kortte floresça!

Honra:
Este homem que se apoia em meus louros,

Felicidade:
Que se senta em meu regaço

Diligência:
Que por mim chega ao mais alto,

Gratidão:
Que inclina todos os corações até ,


Coro:
Por inumeráveis anos
será honrado no meio da benção
e embora veja multidôes de invejosos
não verá nem um só inimigo.

Leonardo Perin
03/08/07

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